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6 dicas para dirigir carro automático pela primeira vez

A popularidade do câmbio automático está crescendo. O modelo já tem seu espaço no mercado brasileiro. No entanto, ainda há dúvidas sobre como dirigir um carro automático do jeito certo. Curiosamente, sua invenção é fruto do trabalho de dois brasileiros.

Originalmente, a tecnologia foi esboçada pelos irmãos Sturtevant, dos Estados Unidos. Só que foram os brasileiros José Braz Araripe e Fernando Lemos que tornaram o projeto possível. Eles trabalhavam para uma companhia de navegação nos EUA e se dedicaram por alguns anos a concretizar a ideia.

Apesar da popularidade, a tecnologia não é simples. Ela se divide em tipos: convencional, automatizado, CVT, dupla embreagem e por aí vai. Os muitos detalhes técnicos explicam a confusão. Você já vai entender como usar o câmbio automático.

1. Decodifique as letras

Dirigir carro automático é um processo de adaptação. Um dos desafios é deixar a perna esquerda de lado. É ela que usamos para acionar a embreagem. No começo, deixe-a quieta. É com ela que fazemos as frenagens bruscas sem querer. 

No automático, há várias letras no câmbio que precisam se tornar parte da rotina. São elas:

  • “P”, de “parking” ou “estacionar”. Ele complementa o freio de mão e é usado ao estacionar.
  • “R”, a ré do carro.
  • “N”, de “neutro”. É quando o carro não está engatado. É útil para ajeitar o carro, como em uma baliza ao subir. É diferente do “P” e não trava o carro. Por isso, sem o freio de mão ou do pedal, o carro ainda pode entrar em movimento sozinho.
  • “D”, de “drive” ou “dirigir”. É a posição que a marcha deve estar ao sair com o carro. Nela o carro se move para frente.

2. Não segure o carro com o acelerador em uma subida

O costume de manter o carro parado com o acelerador em uma subida sobrecarrega o sistema. Isso acontece independentemente de ser automático, simples ou CVT. Se o semáforo fechar, use o freio para parar o carro. Não segure o acelerador.

Isso corrói engrenagens, sobe a temperatura e cria uma sobrecarga no sistema. Não precisa tirar o câmbio do D, mas também não acelere para se manter imóvel em uma ladeira. Outra forma de preservar o câmbio é se atentando à manutenção preventiva.

Cada fabricante a indica no manual. No entanto, vale reparar nos sinais. No cofre do motor, confira a vareta de medição de óleo de câmbio, para ver as quedas de nível e possíveis vazamentos. Um câmbio problemático patina e demora para fazer as trocas.

3. Não coloque a alavanca direto no P ao estacionar

Ao estacionar, não coloque a alavanca no “P” diretamente. O ideal é pôr o câmbio no “N”, puxar o freio de mão e só aí pôr no “P”. É uma forma de evitar a sobrecarga no sistema de frenagem. 

O carro não corre o risco de se mexer, mas a força do movimento do carro vai para os freios. Um acúmulo pequeno não faz mal para o sistema. No entanto, se for contínuo, traz um desgaste desnecessário ao câmbio. 

Quando usamos o “N”, puxamos o freio de mão e depois pomos em “P”, não há mais força no sistema. Ele fica sem resquício. Lembre-se também de nunca engatar o “R” ou o “P” com o carro em movimento. 

4. Tome cuidado com os freios

Sempre opte pelo freio motor. Não engate o “N” ao passar por um declive. O neutro serviria como a “banguela”, ou ponto morto, de um carro convencional. Isso traz uma exigência grande dos feios, que precisam segurar o peso do carro sozinhos.

Se for estacionar em um morro, seja subida ou descida, use o freio de mão e, só depois, mude a alavanca para o “P”. Mas, ao sair, faça o contrário. Coloque a alavanca em D e, só depois, solte o freio de mão. 

Essa sequência evita que a alavanca trave no “P” por causa do peso do carro. Ao dirigir, você pode testar o uso dos dois pés, um para o acelerador e outro para o freio. No entanto, vale um período de adaptação, já que o pé esquerdo não é acostumado com a delicadeza do freio.

5. Escolha o câmbio certo

O câmbio automático não tem embreagem. Seu funcionamento depende de um conversor de torque. É ele que relaciona a caixa de transmissão e o motor. A troca se dá automaticamente, via central eletrônica. As versões mais recentes chegam às 10 marchas.

Outro tipo é o CVT. Ele não tem marcha. No entanto, ao dirigi-lo, você sentirá a sensação de troca de marcha. Isso se dá porque ele tem simulações eletrônicas. Sua vantagem é a possibilidade de manter o motor sempre nas rotações ideais.

Outro tipo de câmbio é o automatizado. Ele é mecânico, mas traz um comando para trocar as marchas e acionar a embreagem sozinho. Nos de dupla embreagem, uma troca as marchas pares, enquanto outra troca as ímpares.

6. Troque o óleo do câmbio quando precisar

A troca de óleo depende do tipo de carro. Alguns não têm essa necessidade. Por isso, veja periodicamente o nível do fluido. Isso vale para possíveis vazamentos. No manual do proprietário, você pode ver se o modelo tem essa exigência e qual a quilometragem sugerida.

Alguns tipos de câmbio têm problemas com mais frequência. É o caso dos automatizados simples, como nos sistemas Dualogic, da Fiat, e I-Motion, da Volkswagen. Eles tinham trancos constantes e uma direção mais desconfortável.

Entre os problemas comuns do modelo, aparecem o desgaste das eletroválvulas e das bombas de acionamento. Nos automatizados secos, de dupla embreagem, o problema comum é o superaquecimento. A transmissão foi produzida na Europa e foi pouco adaptada às altas temperaturas do Brasil.

Dirigir carro automático depende de um certo tempo de adaptação, mas não é um bicho de sete cabeças. Ele é mais simples que o manual. No entanto, nosso hábito de usar a embreagem deixa o pé esquerdo inquieto. As novas letras do câmbio, com termos em inglês, também podem confundir.

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