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As motos pagam pedágio? Tire aqui as suas dúvidas sobre o tema!

Se você tem dúvidas sobre a necessidade de moto pagar pedágio, saiba que não é a única pessoa. O assunto confunde muita gente e nem sempre é possível encontrar uma definição clara. A razão é o surgimento de vários projetos de leis e o tema ainda é muito debatido.

Vamos contar um pouco sobre o assunto ao longo do post, explicando se as motos devem pagar pedágio, como funcionam os preços, como conseguir isenção, e alguns outros pontos importantes. Continue a leitura com gente até o fim!

As motos devem pagar pedágio?

A resposta para essa pergunta depende. Isso porque há estradas em que as motos são isentas e, em outras, acontece o pagamento. A necessidade varia de acordo com as políticas de cada região e você vai precisar ficar de olho no que diz a instituição que gerencia a rodovia.

O principal argumento para o não pagamento é a ideia de que as motos são leves e não trazem danos ao pavimento e à infraestrutura das estradas. Isso fez com que surgissem projetos de lei voltados à proibição da cobrança.

E os argumentos contra? No geral, giram em torno da ideia de que a isenção para motos implica, necessariamente, um aumento percentual na cobrança sobre os carros. O valor chegaria a 5%, de acordo com a Associação Brasileira de Concessionárias de Veículos.

O preço é menor?

Embora não exista uma regra exata, é possível fazer uma aproximação para boa parte das rodovias. Geralmente, o valor cobrado é, em alguma medida, proporcional ao peso na maior parte dos veículos da categoria. Como isso funciona?

Em várias estradas, é comum ver motociclistas pagando metade do valor de um carro comum. Isso significa que se o valor para os automóveis for R$ 5, você vai precisar desembolsar cerca de R$ 2,50. Definições similares são feitas com veículos de outras categorias. Caminhões leves, ônibus e furgões tendem a pagar o dobro dos carros, e os caminhões-trator, o triplo.

Pesquisando no site das instituições que gerenciam os pedágios, você pode observar os multiplicadores de tarifa, representados por quantas vezes o valor-base aumenta. Os preços ficam entre R$ 1,20 e R$ 12, mas variam bastante. Geralmente, o fator de multiplicação fica próximo de “0,5”.

O que acontece ao furar o pedágio?

Essa é uma infração de trânsito que pode gerar alguns problemas. As consequências são a multa e os pontos na CNH. Não se esqueça de que exceder o limite de pontos pode fazer com que você tenha o direito de dirigir suspenso.

Qual é o valor da multa? Por ser considerada uma infração grave, o valor fica na casa dos R$ 195,23. Sabe os pontos que citamos? Então, são acrescidos cinco à carteira. O proprietário da moto, nesse caso, é notificado.

Esse, no entanto, não é o único problema. Dependendo da forma como o pedágio é furado, existe uma maior exposição ao risco de acidentes. E se a multa for aplicada de forma errada? Basta recorrer — em todos os casos, há a possibilidade de defesa.

Como recorrer a uma multa de evasão de pedágio?

Vamos supor que a multa de evasão de pedágio tenha sido aplicada para o seu caso. O que fazer para recorrer? A resposta está em procurar o recurso, um meio legal para cancelar as penalidades. Tenha em mente que o pagamento da multa não interfere no processo. 

O que isso significa? Na prática, se o recurso for para frente, você pode solicitar o reembolso do pagamento. O processo começa na etapa de defesa prévia. Aqui, é possível se defender antes da confirmação.

Um exemplo de erro formal que pode originar o envio errado da multa é o de engano na anotação da placa. Caso seja negado, ainda é possível recorrer nas duas etapas seguintes: recurso à JARI e ao CETRAN.

Como passar de moto pelos pedágios?

Agora que você sabe que moto paga pedágio em algumas regiões, é preciso saber como fazer isso com segurança, certo? O primeiro ponto ao qual você precisa prestar atenção é o piso das praças de pedágio.

A razão é o chão escorregadio por efeito dos vazamentos de óleo, representando um problema — já que as motos não contam com cabines exclusivas. Uma ideia para driblar isso é seguir a linha dos pneus do veículo à frente.

Tenha em mente que a passagem pelo pedágio é necessária mesmo que haja isenção. Geralmente, você vai encontrar uma trilha de cones definindo a localização para a passagem dos motociclistas.

Como funciona a isenção de motos?

Há duas formas de conseguir isenção. A primeira diz respeito às rodovias que já praticam isenção para as motos. Exemplos são algumas localizadas no interior do Paraná, livrando os motociclistas da obrigatoriedade.

A segunda está nos projetos de leis para definir isenção às motos que não entraram em vigor — ainda assim, é importante ficar de olho nos próximos desdobramentos. Um exemplo é o PL 2844/19, voltado a garantir o benefício nas rodovias federais.

Você se lembra do argumento da leveza das motos que foi citado no início do texto? Então, também foi uma das justificativas do projeto. Ideias similares eventualmente são sugeridas e o assunto ainda é debatido.

Como é feito o cálculo do pedágio?

O cálculo de cada pedágio é baseado na tarifa quilométrica, que representa um valor fixo por quilômetro multiplicado pela via administrada pela concessionária. A cobrança da tarifa é dividida em 3 categorias:

  • sistema rodoviário (rodovias paralelas, canteiro ou barreira central);
  • estradas de pista dupla (canteiro central, barreira visual ou física);
  • estradas de pista simples (apenas uma faixa por sentido).

Vale lembrar que alguns veículos são isentos de cobranças, como ambulâncias em serviço, carros de polícia rodoviária, entre outras autoridades.

Como são feitos os reajustes?

O reajuste da tarifa de pedágio é feito anualmente para recomposição da inflação. A tarifa pode ser alterada para menos ou para mais, pela exclusão de investimentos previstos ou por inclusão de novos investimentos, reprogramações de obras, além de descumprimentos contratuais.

Portanto, a TBP (Tarifa Básica de Pedágio) pode ser alterada por 4 mecanismos distintos, como:

  • Reajuste da Tarifa de Pedágio: ocorre todo ano de forma a incorporar a variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), e tem como objetivo amenizar as perdas inflacionárias do período;
  • Revisão Ordinária: ocorrendo anualmente, o objetivo aqui é incluir os efeitos de ajustes previstos no contrato, que englobam impactos decorrentes das inexecuções dos serviços e obras previstas;
  • Revisão Extraordinária: pode ocorrer a qualquer momento, devendo considerar as alterações das obrigações previstas nos contratos de concessão, quando se tratar de eventos extraordinários e de força maior;
  • Revisão Quinquenal: pode ocorrer de 5 em 5 anos e inclui as modificações por exclusão, inclusão, alteração, postergação ou antecipação de obras e serviços.

Quais são os pedágios de motos mais caros?

Como já dissemos, os valores dos pedágios podem variar dependendo da região. Por isso, é importante saber quais são os mais caros, assim você evita passar por grandes surpresas, se preparando da melhor forma possível. Confira alguns, a seguir!

Pedágio BR-369 Jataizinho – (PR)

Custando R$13,20 por motocicleta e localizado no norte do Paraná, o pedágio de Jataizinho é considerado um dos mais caros do país. Ele faz a ligação entre as cidades de Ourinhos (SP) e Londrina (PR) pela rodovia BR-369, fiando no KM 126.

Pedágio BR-116 Rio – Teresópolis

Outro pedágio que entra na lista do mais caros, custando R$9,40 por motocicleta, é o pedágio Rio. Fazendo a ligação com Teresópolis, ele fica no KM 133 da rodovia Santos Dumont.

Pedágio BR – 277 São Miguel Iguaçu (PR)

Para quem deseja visitar a incrível Cataratas do Iguaçu de moto, precisará desembolsar R$ 9,20 ao passar pelo pedágio. Também conhecido por pedágio de São Miguel Iguaçu, ficando na BR-277, Paraná, é um dos mais caros do Brasil.

Pedágio RJ – 124 Região dos Lagos (RJ)

Para fechar a nossa lista, não poderíamos deixar de citar um pedágio em que o preço costuma variar, mas que é considerado caro, pois ultrapassa a casa dos R$ 10 por motocicleta.

Sendo a principal ligação entre os Lagos do Rio, litoral do Rio de Janeiro e a região Metropolitana, o pedágio para motocicletas da RJ-124, custa R$ 6,35 de segunda a sesta feita e pode passar dos R$ 10,55 nos feriados e finais de semana.

Como calcular o custo de uma viagem de moto?

Os pedágios aumentam os custos da viagem e você pode, em alguns casos, pesquisar sobre a existência de rotas alternativas. Uma opção é buscar sites, aplicativos e mapas que calculam automaticamente o valor dos pedágios. Não se esqueça de que o valor muda — por isso, há sempre uma margem de erro nos softwares.

Se você tem preocupação com horários, o Google Maps e o Waze ainda surgem como opções para traçar as rotas e mostrar os caminhos mais rápidos. Além dos valores dos pedágios, é importante considerar o combustível e quantos quilômetros por litro a moto faz.

Embora a dúvida sobre a necessidade de moto pagar pedágio surja para muitos motociclistas, tenha em mente que a resposta varia de acordo com cada região — já que tanto a isenção quanto o pagamento são praticados em diferentes localidades do país.

Uma forma de se atualizar e aprender mais sobre o universo dos pedágios é por meio do site e do blog da Move Mais. Aqui, você vai encontrar conteúdos repletos de dicas e ideias para melhorar ainda mais a experiência nas suas viagens.

Conseguiu entender se moto paga pedágio? Tem alguma dúvida sobre o assunto? Então, não deixe de contar para a gente nos comentários!

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