Descubra como a depreciação de veículos acontece e como fazer o cálculo
Quando falamos em automóveis, há uma questão que preocupa compradores particulares e empresariais, que é a depreciação de veículos. A perda de valor de um carro ou de um caminhão impacta diretamente o preço de troca e de revenda. Ao mesmo tempo, esse aspecto influencia o conforto que temos ao dirigir o automóvel — veículos mais depreciados, muitas vezes, estão menos conservados, o que resulta em viagens com um maior consumo de combustível e menos conforto.
Por isso, é fundamental entender como a depreciação de veículos ocorre e o modo como ela impacta a sua vida. No caso de frotistas, isso também deve ser visto como um fator estratégico — reduzir a perda de valor da frota de automóveis ajuda a manter o negócio competitivo e minimiza prejuízos.
Para ajudá-lo a entender melhor como a depreciação de veículos funciona e o que fazer para evitá-la, preparamos o post a seguir. Continue a leitura e veja como esse fator afeta a sua vida!
O que é a depreciação de veículos?
Depreciação é o termo utilizado para definir o valor de mercado de um produto ou de um ativo. Ela pode ser influenciada por vários fatores, como o nível de desgaste de peças e a demanda pelo produto. Em geral, quanto mais depreciado um veículo é, mais próximo ele está do seu fim de ciclo de vida.
No Brasil, a base de avaliação da depreciação de veículos é a Tabela FIPE. Ela serve como referência para apontar o preço de revenda de automóveis com rodagem média e um bom nível de conservação. Entretanto, ela não deve ser confundida com a depreciação contábil, que é utilizada por gestores corporativos para identificar a queda de valor de um ativo conforme o seu ciclo de vida evolui.
O que influencia a depreciação de veículos?
A depreciação de um veículo pode ser impactada por vários fatores. Compreender como cada um deles influencia o valor de um automóvel ajuda a calcular essa métrica adequadamente e, ao mesmo tempo, auxilia na aplicação de medidas que reduzem a perda de valor de mercado. Entre os pontos que podemos apontar, existem os elencados a seguir.
O ano do modelo e de fabricação do veículo
Automóveis evoluem continuamente. Por isso, as fabricantes fazem revisões anuais dos seus modelos. Essas mudanças (muitas vezes, incrementais) reduzem o valor das versões antigas, mesmo que elas tenham saído da linha de produção no mesmo ano de um modelo mais novo.
O nível de conservação do automóvel
Esse é um dos principais fatores que influenciam a depreciação de veículos. O nível de conservação impacta a maneira como o mercado vê um automóvel e qualquer outro ativo físico. Afinal, quanto menos conservada uma mercadoria usada está, menor será a quantia financeira que terceiros estarão dispostos a pagar por ela.
As alterações no veículo
Muitos veículos são personalizados pelos seus donos. Porém, nem toda modificação pode atrair valor ao automóvel. Aquelas que não tornam o bem mais eficiente e confortável, muitas vezes, reduzem o seu preço de revenda e podem prejudicar o proprietário.
A quilometragem
Mesmo quando bem conservados, os veículos de maior quilometragem podem perder o valor de venda. Uma quilometragem elevada aponta que peças de maior valor do motor estão mais desgastadas ou propensas a apresentarem falhas. Como consequência, o preço tende a cair.
A demanda do mercado
No caso dos veículos em revenda, esse valor também impacta diretamente a sua depreciação. Automóveis com mais procura ou nível de raridade (os chamados colecionáveis) tendem a ser mais valorizados. Por isso, sempre fique atento a isso!
Como calcular o nível de depreciação do veículo?
Não existe uma fórmula simples para se fazer o cálculo do valor da depreciação de um veículo. Como apontamos, automóveis bem conservados tomam como referência o valor da Tabela FIPE. Ela é estudada considerando, também, a demanda pelo veículo quando ele for revendido e o nível de conservação do automóvel.
Já a depreciação contábil é calculada com uma fórmula simples. Para isso, seguimos as diretrizes da Receita Federal. Ela toma como base o tempo média de troca de um veículo de carga e uma taxa anual. Ou seja:
- a taxa de depreciação básica: 20% ao ano;
- o prazo médio de troca de veículos: cinco anos;
- o valor residual do ativo: 20%.
Vamos supor, por exemplo, que o negócio adquiriu uma pick-up para realizar pequenos transportes por R$ 55.100. A sua perda de valor, em um período de cinco anos, será de 80%. Ou seja, R$ 8.816 ao ano.
Isso faz com que o valor de depreciação mensal seja de R$ 734,67. Em outras palavras, um veículo de carga comprado por R$ 55.100 tem uma depreciação contábil que transforma o seu valor residual em R$ 11.020 após cinco anos.
O que fazer para reduzir o nível de depreciação dos seus veículos?
Para evitar que um veículo perca rapidamente o seu valor de mercado, a melhor estratégia é fazer manutenções periódicas. Elas devem ser orientadas por foco nas peças de maior desgaste e por um uso mais consciente do automóvel. Isso melhora o seu nível de conservação e, com isso, reduz a perda de valor.
Não deixe, portanto, de fazer as revisões obrigatórias e de ter uma direção menos agressiva. Isso melhora a durabilidade de todas as peças, torna o dia a dia mais econômico e, para o motorista, traz mais conforto. Assim, você poderá aproveitar mais o automóvel sem ter que desembolsar grandes quantias para isso.
Quando pensamos em veículos em médio e longo prazo, um fator importante para avaliar se a compra é uma boa ideia é a sua depreciação. Se o comprador tem como plano realizar a revenda ou a troca do automóvel, considerar esse fator é fundamental. Afinal de contas, ele impactará diretamente o valor que será pago pelo veículo na hora da revenda.
A depreciação de veículos também é importante para quem pretende comprar um carro para a vida toda. Um veículo bem conservado vende melhor, mas também traz mais conforto enquanto estiver no seu ciclo de vida. Por isso, jamais deixe de considerar esse ponto enquanto estiver com um automóvel em sua posse, realizando manutenções preventivas e tornando a durabilidade das peças a maior possível.
E então? Como você lida com a depreciação dos seus veículos? Conte para nós nos comentários!