Economia circular: como funciona e como pode impactar os negócios?
A economia circular se trata de uma modificação na nossa maneira de produzir e consumir os produtos que utilizamos diariamente. Como sabemos, o modelo econômico mais tradicional trouxe inúmeros problemas ambientais e sociais, e, por conta disso, é preciso inovar para garantir nosso bem-estar e a manutenção do ecossistema.
Em termos muito simplificados, a economia circular visa reaproveitar parte do que produzimos, incluindo áreas de reutilização e reciclagem dos materiais que descartamos diariamente. A ideia é garantir uma otimização de toda cadeia produtiva, ajudando a criar áreas de trabalho e estudo, e uma nova “política”, que coloca a sustentabilidade como um dos pilares da industrialização do futuro.
Abaixo, falaremos mais sobre algumas das razões que motivaram essas mudanças e por que as empresas que não aderirem a essas abordagens estarão em grave risco de sobrevivência. Gostou da ideia? Continue a leitura até o final!
O modelo de economia linear
A economia linear é aquela que todos nós conhecemos. Basicamente, nós extraímos a matéria-prima, produzimos, utilizamos e, por último, fazemos o descarte do produto. Esse modelo ainda está em vigor, mas vem sendo muito questionado por especialistas ao redor do mundo há algumas décadas.
Um dos pontos principais para a urgência na modificação desse modelo é o mau-aproveitamento de tudo aquilo que produzimos. De acordo com a ONU, o mundo produz bilhões de toneladas de lixo por ano.
Esse volume é simplesmente despejado em algum lugar e pouquíssima parte desse montante é reaproveitado e reutilizado pela sociedade. Essa circunstância atual gera inúmeros problemas no nosso meio ambiente, como a poluição e, até mesmo, a falta de área para continuar “empilhando” os restos daquilo que produzimos.
As principais modificações da economia circular
Na economia circular, o objetivo é criar etapas para que tudo aquilo que produzimos consiga ter um destino prático e eficiente. Essa eficiência deve levar em conta as questões econômicas e o meio ambiente, ou seja, esse é um modelo mais avançado e que visa o equilíbrio entre as atividades humanas e nosso ecossistema que vem sofrendo a cada ano.
Para atingir tal objetivo, a nova cadeia produtiva segue a seguinte linha teórica: produção, utilização, reutilização, renovação e reciclagem. Note que a ideia é dar o máximo e vida útil para o produto, sempre tentando reinseri-lo de maneira sustentável e ecológica na nossa sociedade.
Para toda essa nova cadeia funcionar é preciso que políticas públicas importantes sejam pensadas. A utilização de matéria-prima biodegradável e processos cada vez mais avançados de renovação e reciclagem também precisam ser instaurados para que consigamos conter a nossa industrialização atual que, apesar de eficiente do ponto de vista produtivo (e aqui falamos sobre quantidade), ainda carece de etapas e meios para se tornar amplamente sustentável sob várias perspectivas diferentes.
Como essa nova abordagem afeta novos negócios
Como podemos observar, a inclusão dessas novas etapas cria uma dinâmica na gestão e na maneira de trabalhar. Obviamente, as mudanças não ocorrerão da noite para o dia, mas, hoje, já é possível perceber alguns aspectos desse novo modelo em ação.
O primeiro deles é a insistência para a utilização de materiais que sejam “amigáveis” com o meio ambiente. Produtos biodegradáveis estão se tornando cada vez mais comuns e, além disso, a reutilização está sendo uma pauta cada vez mais frequente.
Aqui no Brasil, alguns estados já adotaram várias leis para auxiliar nesses aspectos. Uma delas é a lei das sacolas plásticas, em vigência no estado do Rio de Janeiro. As tradicionais sacolas plásticas deixaram de ser “um direito” do consumidor e passaram a ser um custo a mais. Em contrapartida, as bolsas reutilizáveis são encorajadas e, por conta da nova legislação, elas estão se tornando a escolha “padrão” dos habitantes da cidade.
O resultado é a retirada de mais de um bilhão de sacolas plásticas do meio ambiente em apenas seis meses. No futuro, as restrições sobre o uso de sacolas plásticas serão ainda maiores, mas, até lá, os hábitos dos consumidores já se modificaram quase que por completo.
Note que, a companhia não necessariamente precisa produzir o produto para adentrar nesse novo modelo econômico. No exemplo acima, vimos como um mercado auxilia na etapa de reutilização e reciclagem de um importante aspecto dos consumidores. A mesma coisa acontece com empresas de outros ramos, como das companhias que trabalham com logística, por exemplo.
As mudanças mais importantes nas empresas de frete
Para aquelas companhias que trabalham com frete, as mudanças podem acontecer em alguns pontos diferentes. Veja alguns dos principais abaixo.
Economia no consumo de combustível
Nas frotas de veículos deve ser encorajada a economia de combustível. Essa medida além de gerar menos poluentes, reduz gastos. Esses custos podem ser revertidos paras outras áreas que melhorem sua companhia.
Apesar dos benefícios, é preciso dizer que a economia não vem somente do veículo: é preciso que o motorista esteja devidamente qualificado para conseguir uma direção segura que viabilize esse benefício. Portanto, é preciso pensar de maneira mais abrangente do que simplesmente o consumo por quilômetro descrito no painel do caminhão.
A calibragem dos pneus, o controle de carga (números elevados aumentam o consumo do veículo e o desgaste das peças) e outros pontos também devem ser da alçada do motorista e do seu gestor. O acerto nesse conjunto leva à sustentabilidade e a uma gestão eficiente.
Defina horários e percursos eficientes
A definição de um horário garante que o condutor não precise enfrentar longas horas de trânsito intenso. Isso reduz a jornada atrás do volante e aumenta a produtividade, o que rapidamente se reflete na qualidade do serviço e da entrega.
Lembrando que cada hora gasta em um engarrafamento é uma hora a mais de consumo de combustíveis. Como mencionamos, esse é um importante ponto para sustentabilidade e para seus custos operacionais, por isso, é preciso ficar atento.
Em conjunto dos horários, bons percursos devem ser adotados. Procure sempre cruzar informações e tenha em mente que as principais rodovias normalmente fazem o caminho se tornar mais rápido e menos desgastante — para todas as partes.
Aliando essas medidas de redução de poluentes e incluindo uma série de orientações para a eficiência da companhia, é certo que sua empresa caminhará para a economia circular sem grandes dificuldades.
O importante é ficar atento para as últimas tendências e sempre buscar as melhores soluções ao longo do cotidiano. Por mais pequenas que elas sejam, elas podem ter grande impacto no seu pessoal, no meio ambiente e cliente final.
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