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6 cuidados necessários no transporte de alimentos perecíveis

 Diferentemente do transporte de alguns produtos, o transporte de alimentos perecíveis exige uma série de cuidados. Caso contrário, os alimentos podem perder a qualidade e ficar impróprios para o consumo. A atenção deve ser ainda maior quando a distância a ser percorrida for grande.

Como estamos falando sobre uma tarefa mais complexa, é preciso ter muita responsabilidade, sobretudo no quesito segurança. É exatamente por isso que várias estratégias devem ser aplicadas, além de ser importante usar todas as ferramentas disponíveis. Assim, consegue-se ter o máximo de controle da operação, assegurando que os produtos cheguem até o seu destino final com toda qualidade.

Vamos conhecer, agora, quais são esses alimentos perecíveis e os principais cuidados que devem ser tomados ao traçar a rota de transporte. Assim, é possível facilitar os processos e identificar novas maneiras de reduzir custos. Vamos lá?

O que são os alimentos perecíveis?

De acordo com a Anvisa, esses alimentos são os que sofrem instabilidade ou alteração diante da temperatura do local onde se encontram. É o caso de carnes, peixes, aves, legumes, frutas, alimentos congelados, ovos, frutos do mar, fermentos, levedura e cogumelos, por exemplo.

O transporte desses alimentos segue regras mais rigorosas em relação ao armazenamento, à temperatura, ao transporte e ao acondicionamento. Vamos falar sobre elas em detalhes.

Por que eles necessitam de cuidados especiais de transporte?

O transporte desses alimentos tem regras mais metódicas porque eles estragam em um curto espaço de tempo. Cada tipo de carga vai exigir especificações distintas em relação a armazenamento, transporte, acondicionamento e temperatura.

O maior percentual de desperdício com alimentos, segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), ocorre durante o transporte: 50% das perdas. Essa é a consequência de não seguir as regras rigorosas. É por isso que os cuidados especiais devem ser levados à risca. Vamos falar sobre cada um deles a seguir.

Quais são os principais cuidados no transporte de alimentos perecíveis?

Confira, a seguir, quais são os 6 principais cuidados que você precisa tomar no transporte desses alimentos!

1. Armazenar a carga adequadamente

Desde o embarque, é preciso ter o maior cuidado no manuseio dos alimentos perecíveis. Todas as impurezas podem prejudicar a qualidade dos produtos.

Vale lembrar que é imprescindível que os veículos tenham termômetros calibrados e de fácil leitura. Mas não se esqueça de que as temperaturas indicadas são relativas às cargas. A exigência sempre vai depender das características dos produtos e do mecanismo de logística. Vamos falar sobre as temperaturas recomendadas para cada tipo de produto perecível a seguir.

2. Considerar a temperatura interna do caminhão

Bom, é importante frisar que os equipamentos utilizados para a refrigeração dos alimentos não podem oferecer riscos de contaminação. As mudanças na temperatura facilitam a disseminação de micro-organismos nocivos que causam a perda dos produtos.

Mas, afinal, como evitar que isso aconteça? Monitorando a temperatura desde o começo até o fim da viagem. De acordo com a categoria do alimento, a temperatura varia. Veja:

  • produtos congelados: o ideal é uma temperatura de -18°C, tendo uma tolerância de até -15°C;
  • produtos quentes: o indicado é garantir uma temperatura acima de 65°C;
  • produtos frios: é preciso ter uma refrigeração em torno de 4°C, com uma tolerância de no máximo 7°C.

3. Conferir as etiquetas

Antes de levar os alimentos perecíveis até o veículo que vai transportá-los, é fundamental analisar se eles estão com etiqueta e com a embalagem adequada.

As etiquetas não podem estar manchadas, pois devem ser legíveis. Isso porque elas levam informações essenciais para os compradores e precisam cumprir as regras determinadas pela Anvisa. O ideal é que todos os produtos cheguem ao destino com as suas etiquetas.

4. Estar atento ao empilhamento dos produtos

As embalagens dos produtos contam com coeficientes máximos de empilhamentos, pois assim as empresas responsáveis pelo acondicionamento no veículo conseguem organizar todos eles sem ter problemas e danos. Essas informações precisam estar registradas nos documentos ou nas caixas, e determinam os limites que precisam ser cumpridos rigorosamente ao longo da rota.

Os danos causados aos produtos internamente ou nas embalagens causam sérios prejuízos, uma vez que os alimentos deixam de ser vendidos. Produtos que estão nessas condições não são adequados ao consumo.

5. Evitar que o veículo seja aberto

Para que os alimentos cheguem em ótimas condições, eles não podem sofrer interferência externa. Portanto, o ideal é abrir o veículo apenas quando chegar ao destino final, na hora da primeira entrega ao cliente.

No transporte de longas distâncias, esse é um dos problemas mais comuns. Mas é preciso ter em mente que qualquer exposição, mesmo que seja pequena, faz com que as avarias atinjam níveis muito altos.

6. Cuidar do acondicionamento

Um ponto muito importante a se levar em conta ao transportar alimento perecível é o modelo de embalagem. Porém, é necessário ressaltar que o termo “embalagem” não diz respeito somente à caixa em que o alimento é inserido, mas também aos paletes e contêineres que vão acondicioná-lo, desde a armazenagem até o transporte ao destino.

Saiba que cada embalagem tem uma função. Confira:

  • embalagem primária: é aquela que vai empacotar o alimento, sendo oferecida ao comprador final;
  • embalagem secundária: pode ser a bandeja que vai acondicionar a embalagem primária, para que ela chegue ao local de venda no seu perfeito estado de conservação;
  • embalagem terciária: é o contêiner que vai unir as embalagens secundárias e, com isso, facilitar o manuseio das cargas no processo de transporte e de armazenagem;
  • embalagem quaternária: aqui é o palete, que vai unir as embalagens terciárias;
  • embalagem quinária: por fim, essa embalagem é usada para o transporte, podendo ser contêineres refrigerados, isotérmicos ou as embalagens especiais.

E quanto à distribuição, como deve funcionar?

Bom, quanto à distribuição dos alimentos perecíveis, é importante saber que, ao chegar ao destino, eles devem ser entregues rapidamente.

É muito fácil saber quando os produtos não estão dentro do padrão de qualidade por causa das embalagens. Lembre-se de que quanto pior for o estado dos plásticos e das caixas protetoras, significa que mais tempo os produtos ficaram sofrendo interferências externas.

Então, o melhor a ser feito para evitar esse grande problema é ter todo o trajeto traçado com antecedência pelo setor logístico. Ter em mente qual vai ser o primeiro e o último local a receber os alimentos é algo indispensável para que a entrega seja um sucesso.

É importante ter um planejamento logístico?

A peça-chave dessa atividade é o planejamento logístico. É preciso ter um roteiro bem desenhado do caminho que vai ser percorrido até chegar à entrega do produto.

Bom, como você pôde notar, seguir as regras e determinações que indicam os procedimentos de manuseio pode ser o grande diferencial para fazer um transporte de alimentos perecíveis sem danos e riscos para os produtos.

E aí, gostou de saber mais sobre o transporte desse tipo de alimento? Aproveite para conhecer melhor o nosso trabalho nas redes sociais. Estamos no Facebook, YouTube, Instagram, LinkedIn e no Twitter!

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